As vezes me caio no constrangimento, não sei explicar. é uma mistura estranha de proximidade e distancia. foi tudo muito rápido, e fora o ê eu gosto de paulistas. mas então vem um desenho do goia e uma referência a outra pessoa. um cheiro nostálgico do apartamento da dois de dezembro e da doença que eramos nós dois [duas amigdalites cronópianas felizes], jogados numa cama suja de lençol quase sem elástico. A nostalgia foi meio perturbadora e o corpo suado de febre do meu lado pedindo socorro só fez eu me encolher ainda mais contra a parede amarela... ou laranja, havia uma amarela e outra laranja. E derepente, disso tudo, surgiu um Afeto de letra maiuscula!, uma coisa tão grande que eu podia passar o resto dos meus dias ali, sem referências ou nostalgias, era inteiramente novo e limpo e deslocado do lençol e da parede e do mac ali na frente.
mas não sei explicar o que destoa. Que de nada em quando já havia tom de discução, um quase choro no meio da rua, acusações e olhares muito, muito bravos.
Eu sinto que ele me enxerga além de mim mesma, reflito.
domingo, 23 de dezembro de 2007
e junto com o vento foi meu talento
Eu tinha, eu lembro.
ontem eu li um blog de verdade. fiquei atordoada. Mas foi só hoje, quando por acaso me mandaram o link de outro blog, que percebi, o que tenho é outra coisa, é diário. perdeu a estética e o cunho literário. - e isso é meio triste. eu tinha um blog, eu tinha uma escrita, pra onde ela foi? deve ter ido junto do vento do arpoador, ou o daime levou junto da promiscuidade.
ontem eu li um blog de verdade. fiquei atordoada. Mas foi só hoje, quando por acaso me mandaram o link de outro blog, que percebi, o que tenho é outra coisa, é diário. perdeu a estética e o cunho literário. - e isso é meio triste. eu tinha um blog, eu tinha uma escrita, pra onde ela foi? deve ter ido junto do vento do arpoador, ou o daime levou junto da promiscuidade.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
fazendo as pazes com o cinema
é engraçado como é parecido, parecido... assim: igual! outro sentimento, outra sensação, que sempre leva a uma catarse absurda! tenho visto bons filmes. muito bons os filmes! e sempre começo com desgosto, arrependimento de ter começado... desanimo e até desistencia, não sei bem porque, continuo. e no fim é aquela emoção que enche o peito e nem dá pra escapar dela por lágrima, porque é grande demais e inunda.
bons. muito bons os filmes...
bons. muito bons os filmes...
domingo, 16 de dezembro de 2007
Não se preocupe!
Não se preocupe.
Não se perca em neurose,
Antes de supor, pergunte.
deve ser estranho para quem está fora
fora dessa casca que se dá o nome "barbara"
que não dá nome aos bois e marca tudo com ferro quente escrito Amor
deve ser distorcido o entendimento de quem não está dentro
dentro da mesma visão de cosmos, dentro da mesma miração,
é difícil falar na língua de quem está em outra viagem.
De mim pra mim, não preciso nem falar, me entendo no instrumental
e às vezes eu acho que quem não está dentro pode entender também
a minha forma de dizer com palavras contrárias
sem olhar e só dizer ou vice-versa-vice,
sem falar nada e esperar o sentimento crescer tanto que atinja o Outro.
Mas falar disso é crer na Separação.
E não faz sentido, porque Tudo é Um.
Essa é a minha viagem.
ps. adoro o jeito dos atores de falar tudo o que passa na cabeça
Não se perca em neurose,
Antes de supor, pergunte.
deve ser estranho para quem está fora
fora dessa casca que se dá o nome "barbara"
que não dá nome aos bois e marca tudo com ferro quente escrito Amor
deve ser distorcido o entendimento de quem não está dentro
dentro da mesma visão de cosmos, dentro da mesma miração,
é difícil falar na língua de quem está em outra viagem.
De mim pra mim, não preciso nem falar, me entendo no instrumental
e às vezes eu acho que quem não está dentro pode entender também
a minha forma de dizer com palavras contrárias
sem olhar e só dizer ou vice-versa-vice,
sem falar nada e esperar o sentimento crescer tanto que atinja o Outro.
Mas falar disso é crer na Separação.
E não faz sentido, porque Tudo é Um.
Essa é a minha viagem.
ps. adoro o jeito dos atores de falar tudo o que passa na cabeça
grafia distinta
Quando a noite vem
e nos músculos exaustos do teu braço
repousar frouxa, murcha, farta
morta de cansaço
vou repetir aquele lindo refrão, dizendo, meu querido, Drão, o amor da gente é como um grão
uma semente de ilusão e tem que morrer pra germinar...
soltar-te numa mordida, no destoar da música, fazer-me nova semeadura
num ritmo tranquilo, calma em canaã
(isntrumental)
pensei ser ventania, mas veio chuva forte, trovoada. me prendeu na tua casa, tua? não era nossa, nem a estrada. fez-se boa conversa e um beijo sufocado de ar sufocado e ausência de espaço, vácuo. Não dá para largar. Eu quero simbiose. é tão sincero... tão... como não lembro nunca ter sido... talvez tenha, mas a amargura fez esquecer. Da fala e tudo enterrado. morre e nasce e morre estátua, dura. conta-me um conto e quero te embalar no sono, te dar o colo e
antes
antes que eu possa ousar você já fez, e faz de mim o que quiser
me inunda. e é este o verbo. me inundo em verbo
e é compreensível o medo, pois não é hora
Não é a Hora
e um dia, enfim, será? te dou um filho, então,
na hora.
e nos músculos exaustos do teu braço
repousar frouxa, murcha, farta
morta de cansaço
vou repetir aquele lindo refrão, dizendo, meu querido, Drão, o amor da gente é como um grão
uma semente de ilusão e tem que morrer pra germinar...
soltar-te numa mordida, no destoar da música, fazer-me nova semeadura
num ritmo tranquilo, calma em canaã
(isntrumental)
pensei ser ventania, mas veio chuva forte, trovoada. me prendeu na tua casa, tua? não era nossa, nem a estrada. fez-se boa conversa e um beijo sufocado de ar sufocado e ausência de espaço, vácuo. Não dá para largar. Eu quero simbiose. é tão sincero... tão... como não lembro nunca ter sido... talvez tenha, mas a amargura fez esquecer. Da fala e tudo enterrado. morre e nasce e morre estátua, dura. conta-me um conto e quero te embalar no sono, te dar o colo e
antes
antes que eu possa ousar você já fez, e faz de mim o que quiser
me inunda. e é este o verbo. me inundo em verbo
e é compreensível o medo, pois não é hora
Não é a Hora
e um dia, enfim, será? te dou um filho, então,
na hora.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Morre nasce, trigo, vive morre, pão
esqueço o burburinho dos últimos acontecimentos e sou inundada
sou inundada por um mar que não é meu,
que não parece... um mar forte de praia branca
uma praia que parecia mais distante do que realmente era
e era presente. um presente esquecido, não buscado,
como a praia do passado daquele filme bonito
e eu me descubro um Grão [ como do Gil, a ilusão ]
me planto nalgum lugar que nem imaginei...
nunca imaginei...
que seria tão bonito...
foi, foi tão bonito.
sou inundada por um mar que não é meu,
que não parece... um mar forte de praia branca
uma praia que parecia mais distante do que realmente era
e era presente. um presente esquecido, não buscado,
como a praia do passado daquele filme bonito
e eu me descubro um Grão [ como do Gil, a ilusão ]
me planto nalgum lugar que nem imaginei...
nunca imaginei...
que seria tão bonito...
foi, foi tão bonito.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Pois é,
então, muito chato. triste e tal. agora é superar, ocupar tempo ócio pra não pensar em besteira. chorar um pouco as vezes faz bem... mas só um pouco, se não cria apego com o sofrimento... a dor é inevitável, o sofrimento é opcional.
eu queria que um dia ele me falasse o que sente.
eu queria que um dia ele me falasse o que sente.
sobre o desgosto
quando se sente uma coisa muito ruim, tem que tentar transmutar, se não ela te sufoca junto do gás do banheiro.
Mudo
Vo
cê
Mu
(d)
o
você mudou
você no mundo não falou
mu(d)o
mucevou te amar
será nidri quetá
cêrá? será quisso mudou?
ará a ba experimentou
mental total anal
faltou expulsar cor
[do teu amor
no meu colchão.
não sabe aonde está
aonde está o caos na paz [ziiinnn]
é preciso mentir?
mu e tal, mental demais
mudou o tao
mudou o puro chão de esgoto
manteu-me acendeu
largou num corredor,
o Amor.
cê
Mu
(d)
o
você mudou
você no mundo não falou
mu(d)o
mucevou te amar
será nidri quetá
cêrá? será quisso mudou?
ará a ba experimentou
mental total anal
faltou expulsar cor
[do teu amor
no meu colchão.
não sabe aonde está
aonde está o caos na paz [ziiinnn]
é preciso mentir?
mu e tal, mental demais
mudou o tao
mudou o puro chão de esgoto
manteu-me acendeu
largou num corredor,
o Amor.
domingo, 9 de dezembro de 2007
Eu fiz um samba
Abraço Partido
Tenho tanta coisa pra te dizer
Mas posso resumir...
Num abraço apertado - Num abraço de choro contido
Você me pergunta: o que foi?
Num é nada contigo...
Só quero um abraço...
um abraço que possa me dar um pouco de fé
lembro do rosto dela, lembro do flerte, da tua espera - que foi?
Porque...? me diz porque_eu nunca vou entender
o que se passa no que não é dentro de mim(?)
E onde é que fica o contato com o Todo,
onde é que tá a separação(?)
Que parte sua é do todo
e que parte do todo é que é minha?
me sinto tão sozinha, e com você - eu fico tão completamente... Vazia.
Tenho tanta coisa pra te dizer
Mas posso resumir...
Num abraço apertado - Num abraço de choro contido
Você me pergunta: o que foi?
Num é nada contigo...
Só quero um abraço...
um abraço que possa me dar um pouco de fé
lembro do rosto dela, lembro do flerte, da tua espera - que foi?
Porque...? me diz porque_eu nunca vou entender
o que se passa no que não é dentro de mim(?)
E onde é que fica o contato com o Todo,
onde é que tá a separação(?)
Que parte sua é do todo
e que parte do todo é que é minha?
me sinto tão sozinha, e com você - eu fico tão completamente... Vazia.
Que foi?
os braços parecem não importar... os braços parecem não importar?
se são quase tudo em que mergulho, se não o todo em que me entrego. mas são de quem? eu não sei mais. eu não sei nunca, eu nunca soube. se hoje e ontem e amanhã serão desses outros tantos, que sei não mais que um nome. e se não soubesse, talvez não me deixasse tão vazia, porque o nome estaria comigo, estaria escondido comigo em alguma gaveta, numa compahia muda de quem nunca esteve e nunca prometeu estar.
Só que hoje não faz mais sentido pensar no que não está dentro de mim, é só ilusão, criação subjetiva. eu nunca vou saber mais que um nome que termina com que.
se são quase tudo em que mergulho, se não o todo em que me entrego. mas são de quem? eu não sei mais. eu não sei nunca, eu nunca soube. se hoje e ontem e amanhã serão desses outros tantos, que sei não mais que um nome. e se não soubesse, talvez não me deixasse tão vazia, porque o nome estaria comigo, estaria escondido comigo em alguma gaveta, numa compahia muda de quem nunca esteve e nunca prometeu estar.
Só que hoje não faz mais sentido pensar no que não está dentro de mim, é só ilusão, criação subjetiva. eu nunca vou saber mais que um nome que termina com que.
domingo, 2 de dezembro de 2007
sábado, 1 de dezembro de 2007
noites escritas a giz
ontem foi uma noite estranha.
hoje me revirei na cama e continuei semi-sonhando, eu acordei com uma dor muito forte, e demorei pra percebe-la, a cabeça latejava e eu fiquei criando situações imaginárias. me contorcia sem perceber que meus pensamentos já estavam atacando meu corpo físico.
quando se está em silêncio interno, toda a inconstância se dissipa.
mas é difícil cessar o diálogo interno.
hoje me revirei na cama e continuei semi-sonhando, eu acordei com uma dor muito forte, e demorei pra percebe-la, a cabeça latejava e eu fiquei criando situações imaginárias. me contorcia sem perceber que meus pensamentos já estavam atacando meu corpo físico.
quando se está em silêncio interno, toda a inconstância se dissipa.
mas é difícil cessar o diálogo interno.
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