Comigo ele conversa pouco, até um pouco demais. Chegou e eu virei, indicando o caminho, fingindo que não ligava, demorou e chegou e sentou e beijou
[meu rosto.
Eu me apoiei e me abracei e me joguei num outro ombro, p’ra ver se conseguia chegar perto do dele, hipnotizada pelo som que saia daquela flauta, hipnotizada pela boca que fazia o som que saia daquela flauta, medindo o quão impossível é não ficar com olhos fixos naquilo, era surreal, mágico, orgânico. Pois ele tem olhos opacos que brilham vida e eu tenho vontade de me atirar nos seus braços e implorar pra que me leve pra um lugar mais calmo, longe dessa confusão e dessa gente que come gente e não vive de amor.
Na minha cara estava estampado, idiotizada. Na dele estampada que ele percebia.
E daí ele deu um pulo pra fora da canga e do mundo, levou minha música e me deixou. Eu sozinha, eu dormi, eu dormi e sonhei com ele, um sonho tão real quanto impalpável, uma memória talvez. E quando ele voltou, longe do primeiro passo, passou o compasso do sonho e se estampou maior a luz néon na minha testa. Eu deitei e levantei e deitei, que comigo ele conversa pouco, até um pouco demais, e viemos conversando e eu sempre achando os pulos muito longos, q eu dessa situação eu não gosto, de estar idiotizada, de estar apaixonada, mas passa. Não é para se levar a sério...
quinta-feira, 5 de julho de 2007
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